Há crianças assim: amáveis, bem-educadas, que merecem desde logo a nossa estima. Mas não tenha dúvidas: o comportamento delas é fruto da educação que recebem Fundamentais para o bem viver em sociedade, as boas maneiras, quando sinceras, são também sinais de uma profunda consideração pelos outros. Por isso, antes da aprendizagem das regras de cortesia, é prioritário ensinar a criança a respeitar os sentimentos e direitos dos outros. Tudo está intimamente ligado e aprende-se em casa, na relação com os pais, onde se moldam os principais traços do caráter. E só os bons exemplos podem ajudar a interiorizar cada uma dessas noções. Dito de outra forma, a criança precisa de viver num ambiente em que todos os membros da família se relacionem com delicadeza e respeito, que sejam afáveis uns com os outros e solidários entre si e com os demais. É claro que estes princípios devem ser incutidos relativamente cedo, com regras e afeto, tendo em conta as diferentes etapas do desenvolvimento, pois não se pode exigir o mesmo aos dois anos de idade ou aos cinco. No que respeita a boas maneiras, é desejável que os pais levem o bebé a adotar um comportamento positivo desde que começa a falar. Apesar de ainda não compreender de facto o significado de palavras como “obrigado” ou “por favor”, é desejável que aprenda a pronunciá-las, coisa que seguramente fará desde que as ouça com frequência, quando se dirigem a si e as escute no diálogo daqueles que o rodeiam. A seu tempo, passará a pensá-las efetivamente. Posteriormente, aprenderá a cumprimentar os amigos da família e os amiguinhos, com um “bom dia”, um “até manhã”, um aperto de mão ou um beijinho. São comportamentos básicos e necessários, que possibilitarão a aquisição de outros quase naturalmente. E então teremos uma criança verdadeiramente atenciosa, educada e respeitadora, disponível a ceder o seu lugar sentado no autocarro, a agradecer um presente, a olhar o outro como se olhasse para dentro de si. É natural que ao longo deste processo de aprendizagem possa falhar pontualmente, sendo rude por exemplo. Não deixe passar em branco, logo que fiquem sozinhos converse sobre o assunto. Mas, sobretudo, tenha presente uma verdade inabalável: o comportamento do seu filho depende em grande medida da educação que recebe! Texto: Inês Mendes © Greenland | Stock Free Images & Dreamstime Stock Photos
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