Cada criança é uma semente de futuro e cabe a nós, crescidos, oferecer-lhes um solo fértil e nutritivo que lhes permita tornarem-se adultos equilibrados e felizes (20 de novembro, Dia Internacional dos Direitos da Criança). Por Alexandra Rosa, psicóloga, Fale Connosco – Saúde Personalizada Um lar, colo, beijinhos e cócegas, abraços apertados, cavalitas e cambalhotas.
Pais e mães que se sentam no chão, brincam com plasticinas, fazem vozes engraçadas e não têm medo de se sujar. Pais e mães com paciência, que deixaram o trabalho e as ralações fora de casa, escutam, entendem e param o mundo para simplesmente as amar. Um lar com afetos mas também com regras, com ralhetes mas sem berros. Ajudas nos trabalhos de casa, aconchegos na hora de dormir, livros declamados na pontinha da cama e monstros expulsos do quarto porque têm que ir sonhar. Cenouras e brócolos no prato, a carne e o peixe, a sopa quentinha e a fruta descascada a rivalizarem com o bolo de chocolate da avó e o gelado que se foi comprar, de mão dada, com o avô. Ir ao médico, levar vacinas e tomar xaropes quando está doente, perante os olhos ansiosos de quem tem um coração apertadinho. A correria com os primos pelos corredores da casa dos avós e tios, idas à praia, brincadeiras nos parques. Pais preocupados com o futuro, a escola e os amigos, pais que passam noites em claro, por doença ou por receio. Ter quem lhes vista um casaco quando elas não querem (apesar de chover lá fora), quem as carregue no colo quando estão cansadas, quem lhes diga sem medo EU AMO-TE MUITO! Quem lhes chame nomes patetas como Fofinho/a, Bebé, Amorzinho ou Príncipe/Princesa. Quem as eduque e explique que se diz por favor e obrigado, que não se dizem mentiras e que os outros — pequeninos e crescidos — têm sentimentos. As crianças têm direito a tudo isto porque isto é ter uma família. Não bastam as pessoas existirem em seu redor, é preciso que elas ofereçam amor, dedicação, comprometimento, limites e segurança.
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