É desejável que as famílias tenham critérios preventivos sobre o tipo de programas que os filhos podem assistirVeer / Bnpdesignstudio Tem alimentado muitas dissertações e teses, em boa verdade nem sempre concordantes. Pois se há teorias que defendem que a violência assistida pelas crianças torna-se facilmente suscetível de ser produzida, outras estão de acordo que pode ser uma espécie de exorcismo para a parte menos boa de cada um. No entanto, se estreitarmos o campo de análise ao universo das crianças mais pequenas, então temos e devemos ser bem mais rigorosos. Não existe qualquer dúvida de que até aos três anos de idade, elas confundem fantasia e realidade, mesmo que os adultos tentem explicar-lhes a diferença entre ambas (o crescimento inteletual assim como o físico faz-se por etapas). Por isso, e porque estão na fase de imitação por excelência do comportamento dos mais velhos, sem saberem ainda ajuizar se o mesmo é ou não construtivo, podem facilmente agregar condutas anti-sociais que lhe são oferecidas pelo pequeno ecrã. Inclusive através de programas infantis (e mais tarde juvenis) feitos a pensar neles, tais como alguns desenhos animados. Para não falar igualmente nos filmes a que têm acesso ou até mesmo à emissão de notícias sobre os acontecimentos do dia-a-dia que abrem os telejornais. A verdade é que as crianças de hoje, um pouco pelo mundo fora, passam horas de mais em frente do televisor - o qual, em alguns casos, funciona quase como principal agente socializador. A maioria delas não compreende o que está a ver mas também ainda é demasiado nova para ter apreendido a fazer qualquer tipo de filtragem. Resultado, os seus conteúdos e imagens são assimilados passivamente e, quando não imitadas como se disse atrás, no grupo dos mais velhos, os mais pequenos podem pelo menos ser atormentados mais tarde pelas imagens a que assistiram, confundindo-os. Um dos primeiros sinais significativos de que isso pode estar a acontecer é a dificuldade da criança em conciliar o sono, seguramente se a soubermos exposta demasiadas horas à caixinha que mudou o mundo e cuja tecnologia tanto tem aperfeiçoado. Mas atenção, não sejamos alarmistas! É preciso reconhecer que a televisão também ensina, que a criança pode com ela desenvolver e aprimorar o seu vocabulário, provavelmente de forma mais rápida. Por isso, o conselho só pode ser responsabilizar os pais inteiramente, cabendo-lhes cumprir um controlo o mais criterioso possível sobre o tempo que a criança deve passar em frente ao televisor, quais os programas que lhe são permitidos assistir e, sempre que possível, acompanhá-la nesse visionamento. Tudo isto de acordo com a sua idade. Por fim, é desejável que a estimule para o prazer de outros passatempos, proporcionando-lhes de igual forma as relações sociais, as trocas afetivas e a criatividade.
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