Dia Mundial da Pneumonia assinala-se a 12 de Novembro No Dia Mundial da Pneumonia, assinalado a 12 de Novembro, é importante relembrar pais, familiares e educadores que a vacinação é a principal forma de prevenir a doença pneumocócica De acordo com os dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), a doença pneumocócica é responsável por cerca de três milhões de mortes por ano em todo o mundo, tendo segundo a Organização Mundial de Saúde causado 476 mil mortes em crianças com idade inferior a cinco anos, em 2008. A doença pneumocócica, causada pelo Streptococcus pneumoniae, é complexa e tem múltiplas formas, incluindo pneumonia, meningite, otite média aguda e bactériemia. Uma das principais doenças provocadas por esta bactéria é a pneumonia, cujas manifestações clínicas e a gravidade variam conforme a idade e o agente causador. Os sintomas podem incluir febre alta, tosse com expetoração purulenta, prostação, fadiga, dor torácica e, nos casos mais graves, dificuldade respiratória, podendo provocar a morte. A principal forma de prevenir esta doença é a vacinação das crianças até aos cinco anos de idade. A Sociedade de Infeciologia Pediátrica/Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda a vacina pneumocócica conjugada 13‐valente, que engloba os 13 serotipos (ou estirpes) da bactéria Streptococcus pneumoniae que, no seu conjunto, provocam a maior parte (cerca de 80%) dos casos de doença invasiva pneumocócica nesta faixa etária Portugal. É fundamental cumprir o esquema completo de vacinação, que consiste em quatro doses, administradas nos primeiros 15 meses de vida. Às crianças com idades compreendidas entre os dois e os cinco anos de idade, que não tenham sido imunizadas com esta vacina, poderá ser administrada uma dose para conferir proteção contra os serotipos incluídos na mesma. A prevenção da doença pneumocócica (que engloba a pneumonia) é fundamental, uma vez que, para além de ser potencialmente grave, pode ser contagiosa, através de secreções respiratórias (através da tosse ou espirros), colocando em risco os doentes e todos os que possam estar em contacto com quem tem a doença. A designação doença pneumocócica engloba um conjunto de doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, também conhecida por pneumococo. Este patogénio bacteriano, que afeta crianças e adultos, é uma das principais causas de doença e morte a nível mundial. Existem mais de 90 serotipos (estirpes) de Streptococcus pneumoniae, mas apenas um pequeno número de serotipos provocam a maior parte da doença pneumocócica a nível mundial. Foto: FreeDigitalPhotos.net
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David Castillo Dominici/FreeDigitalPhotos.net A obesidade pediátrica é um problema mundial que tem vindo a atingir níveis epidémicos nos países desenvolvidos e que continua a aumentar gradualmente nos países em desenvolvimento. Portugal não é exceção No nosso país, cerca de 20 por cento das crianças com idades compreendidas entre os sete e os nove anos de idade apresentam excesso de peso: aproximadamente, 11% são obesas, representando uma em cada três crianças portuguesas. As causas para esta situação são múltiplas: a genética influencia a susceptibilidade da criança a um envolvimento impulsionador da obesidade, mas as opções do estilo de vida (atividade física, comportamentos sedentários e alimentação) e o envolvimento sociocultural parecem desempenhar influências determinantes no aumento generalizado da obesidade. Devo ficar preocupada com o meu filho? Sim! A probabilidade de uma criança obesa, em idade pré-escolar, vir a ser um adulto com peso excessivo é o dobro da de uma criança não-obesa. Se estas circunstâncias, por si só, já são preocupantes, elas são ainda agravadas pelo facto de hoje se ter conhecimento que indicadores da saúde metabólica, como o colesterol e os triglicéridos, a produção e a capacidade de utilização da insulina, bem como a hipertensão arterial, acompanham a obesidade, podendo começar o seu desenvolvimento ainda na infância e aumentando os riscos de saúde e a mortalidade na idade adulta. Adicionalmente, a estigmatização social, a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida, bem como algumas desordens psicológicas, entre as quais a baixa auto-estima, também, parecem ocorrer com maior frequência. É possível reverter o cenário? A prevenção e intervenção precoce no aumento excessivo de peso, promovendo estilos de vida saudável, nomeadamente através da realização de uma alimentação equilibrada e da prática regular de atividade física, paralelamente à diminuição do tempo passado em atividades sedentárias, sobretudo em frente ao ecrã, assumem particular importância neste contexto. A prevenção pode ser a estratégia chave para controlar a atual epidemia de obesidade e pode incluir: a prevenção primária do peso excessivo, o evitar do reganho do peso após a sua perda e, ainda, a prevenção de aumentos de peso sucessivos em crianças obesas que não conseguem perder peso. Este tipo de intervenção requer uma equipa multidisciplinar envolvendo pediatras, nutricionistas, especialistas de exercício, psicólogos, enfermeiros, entre outros, que trabalhem em conjunto para a melhoria da saúde e do bem-estar das crianças. O trabalho em equipa multidisciplinar constitui um dos princípios subjacentes ao congresso PRACTICE, o qual na edição deste ano se debruça sobre a temática da “Avaliação na terapia com o exercício”. Qual é o grande desafio a alcançar? O desafio consiste em identificar as situações que favorecem o desenvolvimento da obesidade e influenciá-las de modo a disponibilizar escolhas mais saudáveis, mais acessíveis e mais informadas a uma maior proporção da comunidade. Assim, algumas estratégias para lidar com a obesidade pediátrica ao nível da prevenção incluem a criação e disponibilização de infraestruturas facilitadores da prática de atividade física, como vias pedonais, ciclovias, entre outros e proteger a perda de espaços abertos de utilização pública. Outra das ações passa pela promoção da educação alimentar em casa, na escola e na comunidade: incrementando campanhas promocionais de hábitos alimentares saudáveis; abordando estes conteúdos na escola em todos os níveis etários; proporcionando ementas de refeitório e alternativas alimentares saudáveis; desenvolvendo iniciativas escolares que envolvam a participação dos pais e da comunidade. Deve ser ainda fomentada a realização de atividade física através de: aumento da duração e da qualidade do tempo das aulas de Educação Física abrangendo todos os níveis etários; encorajar a realização de atividade física não estruturada, aumento da participação em atividades desportivas, criação de formas de transporte ativo para e da escola (a pé, de bicicleta, transportes públicos). O tempo passado em atividades sedentárias, nomeadamente a ver TV, a utilizar o computador e a jogar videojogos estáticos deve ser reduzido. E, por último, devem ser desenvolvidos rótulos indicadores da qualidade nutricional dos alimentos, que estarão colocados de forma visível nas embalagens e implementar referências nutricionais para a produção alimentar industrial e comercial. Para além do ambiente familiar, a escola e/ou os serviços de ocupação dos tempos livres após a escola, bem como os serviços de saúde, constituem envolvimentos privilegiados para influenciar a alimentação, a atividade física e os comportamentos sedentários das crianças. Deste modo, será possível prevenir o aumento contínuo da obesidade que se tem vindo a verificar e intervir, também, no sentido de evitar que uma criança obesa se venha a tornar num adulto doente. Dicas a reter As recomendações internacionais (Academia Americana de Pediatria) para que as crianças tenham um estilo de vida mais ativo que contribua para a prevenção da obesidade, incluem as seguintes indicações: - Durante a idade pré-escolar, é importante que os pais/educadores: encorajem as brincadeiras livres, colocando ênfase no divertimento, exploração e experimentação, sempre sob supervisão; promovam a participação em jogos não organizados que envolvam tarefas como correr, saltar, lançar, agarrar, entre outras; estimulem as crianças a caminhar distâncias toleráveis na companhia da família; o tempo em frente aos vários ecrãs não deve ultrapassar as duas horas/dia. - Dos 6 aos 9 anos de idade é desejável que os pais/educadores: continuem a estimular as brincadeiras livres, mas envolvendo padrões motores mais sofisticados, contribuindo para a melhoria das habilidades motoras, da perceção visual e do equilíbrio (saltar à corda, patinar, dançar, etc.); proporcionem o início da prática de desportos organizados (basquetebol, voleibol, atletismo, ou outros); promovam o hábito de caminhar como modo de transporte preferencial; o tempo em frente aos vários ecrãs não deve exceder as duas horas/dia. Texto: Sandra Martins, Especialista em Gestão do Peso Sobre o Practice 2012 - Congresso Internacional na área de Medicina do Exercício A importância da avaliação/monitorização do exercício físico vai estar em debate na 6ª edição do Congresso Practice - prevenção e reabilitação ativa com o exercício. Agendado para os dias 27 e 28 de Outubro, o congresso decorrerá em Lisboa, no Auditório Agostinho da Silva, na Universidade Lusófona. Esta edição terá a participação especial de Andrew Jones, da Universidade de Exeter, Pantelis Ekkekakis, da Universidade de Iowa, e de Johnson McEvoy, Fisioterapeuta do Comitê Olímpico Irlandês. O evento é organizado pelo Club Clínica das Conchas e Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona. |