Zcool As metas curriculares estabelecem aquilo que pode ser considerado como a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos, em cada um dos anos de escolaridade ou ciclos do ensino básico Constituindo um referencial para professores e encarregados de educação, as metas ajudam a encontrar os meios necessários para que os alunos desenvolvam as capacidades e adquiram os conhecimentos indispensáveis ao prosseguimento dos seus estudos e às necessidades da sociedade atual. Sobre as metas curriculares As metas curriculares são uma iniciativa do Ministério da Educação e Ciência, surgindo na sequência da revogação do documento “Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais” (Despacho n.º 17169/2011, de 23/Dezembro). Conjuntamente com os atuais Programas de cada disciplina, as metas constituem as referências fundamentais para o desenvolvimento do ensino: nelas se clarifica o que nos Programas se deve eleger como prioridade, definindo os conhecimentos a adquirir e as capacidades a desenvolver pelos alunos nos diferentes anos de escolaridade (cf. Despacho n.º 5306/2012, de 18/Abril. A elaboração das metas fundamentou-se em bases e estudos científicos e teve em conta as que têm sido estabelecidas em países com bons níveis de desempenho. Neste contexto, as metas que agora se apresentam referem-se àquilo que pode ser considerado como a aprendizagem essencial a realizar pelos alunos em cada disciplina, por ano de escolaridade, ou, quando isso se justifique, por ciclo, realçando o que nos atuais Programas deve ser objeto de ensino, representando um documento normativo de progressiva utilização obrigatória, por parte dos professores. Como princípios orientadores estabeleceu-se que, sendo específicas de cada área disciplinar, as metas deveriam identificar os desempenhos que traduzem os conhecimentos a adquirir e as capacidades que se querem ver desenvolvidas, respeitando a ordem de progressão da sua aquisição. Houve a preocupação de as formular de forma clara e precisa de modo a que os professores saibam exatamente o que se pretende que o aluno aprenda. O documento agora elaborado representa um meio privilegiado de apoio à planificação e à organização do ensino. Na medida em que as metas expressas neste documento incluem aquilo que é considerado como aprendizagem essencial a realizar pelos alunos, este constitui-se, igualmente, como um referencial para a avaliação interna e externa, com especial relevância para o GAVE. Fonte: DGE Pode consultar todos os documentos disponibilizados pelo Ministério da Educação, descarregando os ficheiros .pdf correspondentes a cada área curricular. Introdução Português - 1.º, 2.º e 3º Ciclo do Ensino Básico Matemática - Ensino Básico Educação Visual - 2.º e 3.º Ciclo Educação Tecnológica - 2.º Ciclo
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Nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 1.º e no n.º 1 do artigo 2.º do Despacho Normativo n.º 24/2000, de 11 de maio, na redação dada pelo Despacho Normativo n.º 36/2002, de 4 de junho, e sem prejuízo do previsto no n.º 2 do artigo 6.º do mesmo despacho normativo, determina-se, para o ano letivo de 2012-2013, o seguinte Calendário escolar: 1 - Educação pré-escolar: 1.1 - As atividades educativas com crianças nos estabelecimentos de educação pré-escolar e na intervenção precoce devem ter início na data previamente definida, nos termos do artigo 6.º do 2 Despacho Normativo n.º 24/2000, de 11 de maio, de acordo com o calendário indicativo constante do anexo I do presente despacho, que dele faz parte integrante. 1.2 - As interrupções das atividades educativas, nos períodos do Natal e da Páscoa, nos estabelecimentos de educação pré-escolar devem corresponder a um período de cinco dias úteis, seguidos ou interpolados, a ocorrer, respetivamente, entre os dias 17 de dezembro de 2012 e 2 de janeiro de 2013 e entre os dias 18 de março e 1 de abril de 2013, inclusive. 1.3 - Na época do Carnaval tem lugar uma interrupção das atividades letivas, entre os dias 11 e 13 de fevereiro de 2013, inclusive. 1.4 -Os planos de atividades, a elaborar anualmente pelas direções dos agrupamentos ou escolas e estabelecimentos de educação pré-escolar, devem respeitar, na fixação do respetivo calendário anual de atividades educativas nos estabelecimentos de educação pré-escolar, os períodos de interrupção das atividades educativas previstos nos números anteriores. 1.5 – Na elaboração dos mapas de férias dos educadores de infância e do pessoal não docente da educação pré-escolar deve ser tido em conta o início das atividades educativas, previsto no n.º 1.1 do presente despacho, bem como o disposto nos artigos 87.º a 90.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário, com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 41/2012, de 21 de fevereiro, respeitando-se o direito ao gozo integral do período legal de férias. 1.6 - Na programação das reuniões de avaliação é assegurada a articulação entre os educadores de infância e os professores do 1.º ciclo do ensino básico, de modo a garantir o acompanhamento pedagógico das crianças no seu percurso entre aqueles níveis de ensino. 1.7 - Para efeitos do disposto no número anterior, imediatamente após o final do seu 3.º período letivo, os educadores de infância devem realizar a avaliação da aprendizagem das crianças do respetivo grupo e procederem à sua articulação com o 1.º ciclo do ensino básico. 1.8 - No final dos 1.º e 2.º períodos letivos, correspondentes aos ensinos básico e secundário, os educadores de infância devem realizar a avaliação das crianças do respetivo grupo. 1.9 - Durante os períodos de interrupção das atividades educativas e de avaliação da aprendizagem previstos nos números anteriores, devem ser adotadas as medidas organizativas adequadas, em estreita articulação com as famílias e as autarquias, de modo a garantir o atendimento das crianças, nomeadamente na componente de apoio à família. 2 - Ensinos Básico e Secundário: 2.1 - O calendário escolar para os ensinos básico e secundário, incluindo o ensino especial, no ano letivo de 2012-2013, é o constante do anexo I ao presente despacho, do qual faz parte integrante. 2.2 - As interrupções das atividades letivas, no ano letivo de 2012-2013, são as constantes do anexo II ao presente despacho, do qual faz parte integrante. 2.3 - Não poderá haver qualquer interrupção das atividades letivas para além das previstas no número anterior. 2.4 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, as escolas podem, durante um ou dois dias, substituir as atividades letivas por outras atividades escolares de caráter formativo envolvendo os seus alunos. 2.5 - As reuniões de avaliação sumativa interna realizam-se, obrigatoriamente: a) Durante os períodos de interrupção das atividades letivas, no caso da avaliação a efetuar no final dos 1.º e 2.º períodos letivos; b) Após o termo das atividades letivas, no caso da avaliação a efetuar no final do 3.º período letivo. 2.6 - As reuniões das avaliações intercalares, nas situações em que se justifiquem, não devem interferir com o normal funcionamento das atividades letivas. 2.7 - No período em que decorre a realização das provas finais e dos exames, as escolas devem adotar medidas organizativas ajustadas para os anos de escolaridade não sujeitos a exame, de modo a garantir o máximo de dias efetivos de atividades escolares e o cumprimento integral dos programas nas diferentes disciplinas e áreas curriculares. 2.8 – As escolas que, por manifesta limitação ou inadequação de instalações, não puderem adotar as medidas organizativas previstas no número anterior, devem apresentar detalhadamente a situação para decisão, até ao 1.º dia útil do 3.º período, à Direção-Geral de Administração Escolar. 2.9 – Para os alunos do 4.º ano de escolaridade que venham a ter acompanhamento extraordinário, este pode prolongar-se até 5 de julho, devendo ser adotadas as medidas organizativas adequadas. 2.10 - O presente despacho aplica-se, igualmente, com as necessárias adaptações, ao calendário previsto na organização de outros cursos em funcionamento nos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas. 3 - Estabelecimentos particulares de ensino especial: 3.1 - O calendário de funcionamento dos estabelecimentos particulares do ensino especial dependentes de cooperativas e associações de pais que tenham acordo com o Ministério da Educação e Ciência obedece ao seguinte calendário escolar: a) As atividades letivas têm início no dia 3 de setembro de 2012 e terminam no dia 14 de junho de 2013; b) Os períodos letivos têm a seguinte duração: 1.º período — início em 3 de setembro de 2012 e termo em 4 de janeiro de 2013; 2.º período — início em 9 de janeiro e termo em 14 de junho de 2013; c) Os estabelecimentos observam as seguintes interrupções das atividades letivas: 1.ª interrupção — de 18 a 21 de dezembro de 2012, inclusive; 2.ª interrupção — de 11 a 13 de fevereiro de 2013, inclusive; 3.ª interrupção — de 28 de março a 1 de abril de 2013, inclusive; d) A avaliação dos alunos realiza-se nas seguintes datas: 1.ª avaliação — em 7 e 8 de janeiro de 2013; 2.ª avaliação — entre 17 e 20 de junho de 2013. 3.2 - Os estabelecimentos de ensino encerram para férias de verão durante 30 dias. 3.3 - Os estabelecimentos de ensino asseguram a ocupação dos alunos através da organização de atividades livres nos períodos situados fora das atividades letivas e do encerramento para férias de verão e em todos os momentos de avaliação e períodos de interrupção das atividades letivas. 3.4 - Compete ao diretor pedagógico, consultados os encarregados de educação, decidir sobre a data exata do início das atividades letivas, bem como fixar o período de funcionamento das atividades livres, devendo tais decisões ser comunicadas à Direção-Geral de Administração Escolar, até ao dia 3 de setembro de 2012. 4 - Dia do diploma: 4.1 - Os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas que lecionam o ensino secundário deverão promover, envolvendo a respetiva comunidade educativa, uma ação formal de entrega dos certificados e diplomas aos alunos que no ano letivo anterior tenham terminado o ensino secundário. 4.2 - A ação referida no número anterior deverá ocorrer no dia 28 de setembro de 2012. Anexo I - Períodos letivos 1.º Período Início: entre 10 e 14 de setembro de 2012 Termo: 14 de dezembro de 2012. 2.º PeríodoInício: 3 de janeiro de 2013 Termo: 15 de março de 2013 3.º Período Início: 2 de abril de 2013 Termo: 7 de junho de 2013 - para os alunos dos 6.º, 9.º, 11.º e 12.º anos; 14 de junho de 2013 – para os alunos dos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º, 8.º e 10.º anos; 5 de julho de 2013 - Para a educação pré-escolar e para os alunos de 4.º ano que venham a ter acompanhamento extraordinário. Anexo II - Interrupções letivas 1.ª: Início: 17 de dezembro de 2012 Termo: 2 de janeiro de 2013 2.ª: Início: 11 de fevereiro de 2013 Termo: 13 de fevereiro de 2013 3.ª Início: 18 de março de 2013 Termo: 1 de abril de 2013 Fonte: MEC Stockvault O ingresso no 1º ciclo do ensino básico é uma fase de grandes mudanças. Ajude a criança a adaptar-se com facilidade "Passou tão rápido...”, pensamos tantas vezes quando terminamos as férias, quando chegamos ao Natal, quando terminamos o fim-de-semana, quando fazemos o balanço de há quantos anos estamos naquele projeto ou quando é o nosso aniversário. Em relação ao crescimento dos filhos não é diferente. Passa realmente rápido e se o seu filho entrou este ano letivo para o 1º ciclo, de certeza que já deu por si a pensar “ Passou tão rápido...”. De seguida, vai até ao quarto onde ele está a brincar e fica a observá-lo e... “Mas ele ainda não está preparado para ir para a escola...”. A muitos pais e a muitas mães surge este receio. Na verdade, o ingresso no 1º ciclo do ensino básico é uma fase de grandes mudanças e de um nível elevado de exigências e novidades: horários de trabalho mais longos, nova postura em sala de aula, novos materiais, diferentes disciplinas, novas aprendizagens. As rotinas são alteradas, há menos tempo de brincadeira, mais tempo de tarefas para realizar, por vezes vem a saudade das educadoras ou dos educadores e a vontade de levar brinquedos para a mesa da sala de aula. É objetivo da educação pré-escolar preparar a criança e potencializar as suas capacidades, prevenindo o insucesso no ingresso no 1º ciclo. No entanto, frequentemente é sentido pela criança que ingressa no 1º ciclo grandes diferenças nas rotinas, no ambiente e nas tarefas, o que leva a que possam ser sentidas e manifestadas dificuldades de adaptação e de aquisição de novos hábitos. Estas poderão ser vivenciadas de uma forma saudável, sendo apenas consequência de uma adaptação a uma nova realidade e vão diminuindo com o tempo ou poderão, se muito dolorosas ou traumáticas para a criança, levar a quadros problemáticos de recusa escolar, fobia social, ansiedade, dificuldades de socialização, baixa auto-estima e baixo rendimento escolar. O pai, a mãe, a tia, o avô ou outro familiar pode ser um precioso elemento na adaptação do futuro aluno que inicia agora esse desafiante caminho. Não só a relação estabelecida entre a família e a escola é essencial para a adaptação da criança, como é fundamental que as famílias criem um ambiente estimulante e seguro que favoreça as aprendizagens e a adaptação aos desafios e fases do processo educativo. “Mas ele é tão pequeno? Como dará conta de tudo? E eu não vou poder lá estar...” Sim, também sabemos que estas questões vagueiam na sua mente e de tantos outros pais que se deparam com a fase em que o seu filho está agora. É provável que experimente ansiedade, que construa na sua mente todos os cenários possíveis do que poderá correr mal, que se preocupe com a qualidade da equipa que o vai acompanhar, que receie como é que ele vai reagir à matéria, se ficará sentado na sua cadeira quando é suposto, se irá gostar. Acredite, os pais pensam em tudo isso e muito mais. A investigação mostra-nos que grande parte das famílias se sentem ansiosas e receosas perante o ingresso dos filhos no 1º ciclo do ensino básico, sendo a reação dos filhos perante novas responsabilidades a maior preocupação. Não estará sozinho(a) nesta nova fase de tantos desafios e estamos certos de que dará o seu melhor para o sucesso do seu filho, conhece-o como ninguém. Da nossa experiência com pais, crianças e escolas deixamos um conjunto de estratégias úteis que certamente poderão ajudar: - Converse com o(a) professor(a), coordenador(a) ou diretor(a), não deixando as dúvidas e receios por esclarecer. É importante que seja assistido na adaptação e possa expor os seus pontos de vista; - Ir conhecendo e trocando algumas impressões com outros pais poderá também ajudar e diminuir a preocupação e o receio e a sentir-se mais acompanhado(a); - À semelhança do que já se passou anteriormente ou se está a passar pela primeira vez, a despedida deve ser feita num tom calmo, sem choro da sua parte, com um afeto e um “- Até Logo!”, mas nunca deixe de se despedir, mesmo que de forma descontraída e prática; - As rotinas continuam a ser muito importantes e transmitem segurança às crianças, pelo que perante uma mudança tão grande como a transição para o 1º ciclo, as rotinas devem ser conservadas (horário para refeições, para dormir, para acordar) e devem ser evitadas grandes mudanças nesta fase (de casa, de quarto, de cidade ou país...); - É essencial que faça por cumprir a pontualidade e assiduidade do seu filho na escola, o que irá proporcionar maior segurança e construir o seu sentimento de pertença e rotina na escola; - É importante explicar (atenção às explicações muito pormenorizadas que poderão gerar ansiedade) e esclarecer todas as questões do seu filho relativamente à nova escola ou aos desafios do 1º ciclo, procurando sempre não criar demasiadas expetativas ou fornecer informações das quais não tem a certeza (“– A escola tem um escorrega e baloiços!”; “– A professora é fantástica, vais adorá-la!”); - Depois de conhecer a equipa e sentir-se apoiado(a) no esclarecimento das suas dúvidas e preocupações, confie nas orientações da equipa, são técnicos que têm experiência e objetivos delineados; - Em casa, reserve um momento do dia para que o seu filho lhe possa explicar o que fez na escola, que trabalhos tem, o que aprendeu, o que gostou, o que não gostou. Equilibre estes momentos com outros apenas dedicados ao lazer e à brincadeira, em que a escola não será o assunto. A transição para o 1º ciclo como qualquer mudança necessita de tempo. É essencial gerirmos a nossa tranquilidade para que consigamos dar esse tempo próprio de qualquer adaptação, nunca esquecendo que cada criança, como qualquer indivíduo tem também o seu tempo próprio para se adaptar. Respeite o tempo de adaptação do seu filho. Texto: Rita Castanheira Alves (Mindkiddo) Vect2000 Quem é que nunca sentiu medo, uma espécie de nó no estômago, ao enfrentar algo desconhecido pala primeira vez? Com as crianças acontece o mesmo, ainda que tenham maior capacidade de adaptação Setembro está aí e com ele o princípio de um novo ano letivo. Ao longo deste mês muitas crianças e jovens regressam às suas escolas, enquanto outras vão para as aulas pela primeira vez. Apesar de toda a excitação que a compra da pasta, do estojo e dos lápis de cor suscita, da expetativa de vir a ter novos amigos e a aprender coisas interessantes são os pequenos caloiros do 1º ciclo do Ensino Básico que têm de lidar com maior ansiedade no momento decisivo. É como se de repente ficassem com uma espécie de nó no estômago, um medo difuso. Até aqui nada de novo, não fosse a angústia do pai e da mãe tão perceptível através da expressão do olhar, da pressão e suor das suas mãos. Sinais que sem querer transmitem à criança sentimentos de confusão e a fazem desconfiar se, de facto, será tão interessante como dizem aquela etapa das suas vidas que agora começa. Por isso, e muito embora se compreenda o nervosismo dos pais, é aconselhável que o controlem tanto quanto possível, de forma a melhor poderem ajudar a criança a adaptar-se a esta nova fase, processo que pode durar apenas escassos dias ou prolongar-se por algum tempo. Posteriormente devem informar-se sobre a sua evolução, junto do professor, no sentido de, em conjunto e sempre que necessário, adoptarem um plano de adaptação normal. Siga alguns conselhos: · Crie expetativas positivas em relação à escola: explique-lhe que é um lugar para aprender mas igualmente para se divertir, brincar e conhecer outros meninos da sua idade. Mas não se exceda em longas explicações que possam gerar insegurança e alguma desconfiança. · É muito importante que a criança conheça a escola antes do início das aulas. Deixe-a à vontade durante algum tempo para que possa ambientar-se ao local. · Tenha cuidado com mensagens ambíguas do género “agora já és grande” ou “coitadinho, também tem de levantar-se cedo” e nunca tente recompensá-la pela ida à escola. · Acompanhe-a no primeiro dia e transmita-lhe segurança através da sua própria atitude de serenidade. Esteja presente também na hora da saída. · Evite inscrevê-la em atividades extracurriculares de imediato, por mais jeito que isso lhe dê. · Na hora de a deixar entregue na escola, despeça-se naturalmente. Nunca saia às escondidas, pois isso poderia suscitar sentimentos de confusão e desconfiança. · Cada criança é única e como tal o seu período de adaptação é igualmente individual. Evite fazer qualquer tipo de comparação com um irmão mais velho, um coleguinha ou o filho de um amigo da família, para quem esta fase foi ou está a ser muito fácil. · Reserve um canto do quarto do seu filho e transforme-o num local agradável e simpático onde ele possa estudar. Para o efeito, compre-lhe uma pequena secretária com bastante arrumação e uma estante de livros. Desta forma, poderá também estimular-lhe o gosto pela leitura. · Ajude-o a elaborar um horário de estudo flexível, onde poderá constar também os aniversários para que foi convidado, e fixem-no num placard. · Esteja atenta às dificuldades de aprendizagem e aos deveres para casa. Não as resolva mas ajude-a a resolvê-las e incentive-a a progredir através de mensagens muito positivas e de confiança. · A família deve dialogar com a criança no regresso a casa, convidando-a a contar as novidades. É um excelente motivo para manter-se a par da sua evolução em termos de aproveitamento escolar e das relações de amizade. · Aproveite os fins-de-semana para ver os cadernos, mas tenha cuidado com os comentários. Não o critique só porque a letra não é tão direitinha como você gostaria, mas também não faça elogios desnecessários. · Tenha em conta que nesta idade a criança precisa de brincar e jogar e, embora a escola seja importante, é fundamental que encontre outras áreas de interesse lúdico e intelectual fora dela. Mudar de escola Trata-se de um processo muitas vezes doloroso ainda que a criança tenha sido preparada para enfrentá-lo, por exemplo através da explicação adaptada à sua idade dos motivos que levaram a família a decidir dessa forma. Perfeitamente integrados no espaço da antiga instituição e aos seus ritmos, tendo o seu grupo de amigos e uma boa relação com o professor, é natural que se sinta um pouco perdida e apreensiva face à mudança. Recomeçar nem sempre é tarefa fácil, muito menos para aquelas com uma personalidade mais inibida, um pouco à semelhança do que acontece afinal com alguns adultos. Seja como for, é desejável que os pais fiquem atentos, dando-lhes tempo para se adaptarem ao novo meio e ajudando-as a superar as dificuldades neste período. Antes de mais, mãe ou pai deve acompanhá-lo no primeiro dia e na hora da saída estar à sua espera. No meio de um simpático lanche, aproveite para sondar subtilmente a impressão que lhe ficou, de forma a perspetivar o que há a fazer para ajudá-lo. Hoje em dia os professores estão particularmente atentos a estas situações e, em conjunto com a turma, estão preparados para acolher os meninos que vêm de outras escolas, facilitando a integração. Mas, se esse apoio não se mostrar eficaz, troque ideias com o docente de forma a pôr em marcha outro plano mais eficiente. Entretanto, a família deve incentivá-lo a relacionar-se com os novos companheiros, a não perder a oportunidade de participar nas brincadeiras e jogos de recreio. E, acima de tudo, transmitam-lhe mensagens de confiança na sua capacidade de adaptação. Stock.xchng A preocupação dos pais na área dos estudos não deve começar quando surgem os problemas. Os hábitos de estudo criam-se não quando o aluno chega ao ensino secundário mas sim muito antes, fomentando-se o seu sentido de responsabilidade e a sua autonomia Pode acontecer que, até agora, os resultados não tenham sido tão bons como seria de esperar e é muito bom pensar que ainda estamos a tempo de ajudar os nossos filhos a melhorá-los, partindo de uma ideia-chave: são eles que têm de assumir a responsabilidade pelos seus estudos. Nós estaremos ao lado deles para apoiar, acompanhar e ajudar em tudo o que for necessário. “Não se adapta ao novo método” Carolina tem 11 anos e começou a frequentar o segundo ciclo do Ensino Básico. Anteriormente teve sempre boas notas, mas agora tudo mudou. Até mesmo em matemática, a que sempre foi boa aluna, teve agora uma negativa. Os pais estão preocupados. Falaram com ela mas até isso é difícil, porque começa a chorar sempre que se toca nesse assunto. Ela esforça-se e passa o dia em casa, estudando e fazendo os trabalhos de casa. Os pais sentem-se angustiados e não sabem como lidar com a situação. O que se passa com Carolina é muito frequente quando falamos de um momento de transição. A passagem para um novo ciclo de estudos requer um esforço duplo: por um lado, o aluno tem de se habituar a uma forma de trabalhar diferente da que teve até ali. Tem um professor para cada disciplina, com normas de funcionamento diferentes, que lhe exigem uma maior responsabilidade e autonomia no trabalho. Precisa de tempo para se adaptar à nova situação. “Tem dificuldade em se concentrar” Mariana foi sempre uma menina alegre e sociável, mas desde que começou a frequentar o 3º ano do primeiro ciclo do Ensino Básico está diferente: fica angustiada na hora de fazer os trabalhos nem quer brincar com os colegas à saída das aulas como sempre fez. Em vez disso, vai logo para casa estudar, embora depois se entretenha com outras coisas. Quando chega a hora de jantar, continua no seu quarto, aflita, com os livros abertos mas sem ter feito nada. Até as notas se ressentiram e, além disso, os pais pensam que esta atitude está a isolar a filha do resto da turma e a alterar o seu caráter. Nesta altura, a última coisa de que Mariana carece é de se sentir angustiada. Os pais devem agir com calma porque só assim conseguirão transmitir à filha a segurança que ela precisa para fazer face às suas dificuldades de concentração. Para isso, devem diminuir a importância das notas e valorizar os progressos. É essencial rever as atividades extracurriculares de Ana. Não faz sentido que se sinta angustiada durante todo o dia, pensando que tem de estudar, sem conseguir concentrar-se. Precisa de estar com os amigos, ver um filme e descansar. Devem apoiá-la nas disciplinas em que tem mais dificuldades e fazer com que dedique menos tempo ao estudo mas com maior intensidade. “É incapaz de estudar sozinho” O meu filho Daniel tem 11 anos e não sabe estudar sozinho. Desde pequeno sempre o ajudei a fazer os trabalhos de casa mas agora que gostava que estudasse por ele, não é capaz. Exige que eu esteja sempre perto dele; quando não estou não faz nada. Até mesmo para as coisas que já sabe precisa de ajuda. Caso contrário, escreve mal ou comete erros de propósito para que eu os corrija e lhe preste atenção. Sei que devia tê-lo ensinado a ser mais independente mas, sendo assim, que posso fazer? Daniel aprendeu a estudar com a mãe e agora precisa de um tempo para aprender uma nova conduta. Para exigir uma maior independência deve dizer-lhe que pode fazer muitas coisas sozinho e reforçar isso repetindo-lhe, várias vezes, a frase “podes fazê-lo sozinho” até que se convença que assim é. Não caia no jogo dele de “se não me ajudares não faço os trabalhos de casa”. Daniel deve tomar consciência de que os trabalhos de casa são da sua responsabilidade e que se não a cumprir não poderá desfrutar outras atividades. Seria bom elaborar um contrato escrito em que ficassem estabelecidos os “prémios” que receberá por fazer os trabalhos de casa sem reclamar tanto a sua atenção. Por exemplo, poderá ir brincar para o parque ou ver televisão se terminar os deveres sem pedir a sua ajuda para coisas que já sabe. Trata-se de um processo e é óbvio que se foi habituado a estudar com ajuda durante quatro ou cinco anos irá levar o seu tempo a consegui estudar sem esse apoio. Deverá prestar-lhe atenção noutras atividades para não pensar que já não lhe ligam importância. PhotoXpress “Distrai-se nas aulas” Carlos tem 12 anos e não presta atenção a nada do que se passa na aula. Isto foi dito aos pais pelo professor numa reunião privada. Eles já o tinham notado porque quando chega a casa nunca sabe quais são os trabalhos de casa nem como fazê-los. O seu comportamento geral é bom, tanto nas aulas como nas atividades extracurriculares, porque está sempre sossegado e não se mete em confusões, mas os resultados não parecem estar de acordo com essa atitude. Quando o professor lhe faz uma pergunta na aula parece descer das nuvens e responde “não sei”, embora sejam coisas que o professor acabou de explicar em voz alta. É como se estivesse ausente. A falta de interesse pelo que se passa na aula pode ser provocada por diversos fatores. É possível que o aluno esteja a passar por um mau momento pessoal e tenha as suas próprias preocupações (os primeiros problemas amorosos, um momento difícil com os amigos, uma diminuição da auto-estima...), que o impedem de prestar atenção a algo que não seja ele próprio. Se os problemas são familiares e os pais sabem qual a causa, deverão falar com as pessoas adequadas. Também pode acontecer que as explicações do professor não sejam suficientemente interessantes para lhe prender a atenção ou que o aluno não tenha conhecimentos básicos suficientes (problema trazido de anos anteriores) para compreender o que está a ser explicado. Torna-se fundamental chegar às raízes do que se passa para encontrar as soluções adequadas. Deve falar-se com o aluno e, se for necessário, com o psicólogo para avaliar o que está a acontecer. É também aconselhável incentivar os alunos a tomarem notas das explicações dos professores. Isso irá ajudá-los a não perderem o fio às aulas e a manter um nível de atenção adequado. Recomendamos, igualmente, o uso de uma agenda, a partir dos cursos médios (5º e 6º anos do ensino básico), que permite aos alunos terem o controlo do que têm de fazer e os ajuda a sistematizar o trabalho. “Boas notas nos testes?” Não sei como explicar. O meu filho Luís, de 12 anos, é muito mais inteligente do que a irmã, Mariana, de 14. Desde pequeno que tem um vocabulário muito rico, é muito criativo, memoriza tudo e orienta-se particularmente bem no espaço e no tempo. A irmã, mais simpática e extrovertida, não estuda nem metade do que devia mas tem sempre boas notas, por vezes, até mesmo excelentes. Luís farta-se de trabalhar e, apesar disso, de vez em quando traz uma negativa. Este ano vai particularmente mal, mas eu e o pai sabemos que se tem esforçado muito e quando lhe perguntamos as lições notamos que tem um nível de conhecimentos bastante razoável. Achamos que são os nervos que provocam um bloqueio na hora das provas. Isso leva-nos a considerar um dado: quando era mais pequeno e não tinha tantos testes, não tinha o mais pequeno problema. Os pais e os professores contribuem por vezes para que as provas sejam “horrorosas” para os estudantes. As chaves para fazer um bom teste são: 1. Preparar-se com antecedência; se deixar tudo para a última hora é fácil ficar com a mente em branco. 2. Por muito aflito que se esteja é imprescindível descansar o suficiente para estar em boas condições. 3. Ler as respostas com atenção antes de responder. Nas perguntas de desenvolvimento é aconselhável fazer um pequeno esquema que permita organizar a resposta. 4. Cingir-se ao que lhe é perguntado. 5. Reler o ponto antes de o entregar para detetar erros de ortografia ou alguma pergunta por responder. Dicas úteis Estudar é sempre difícil e para tornar isso mais fácil, sobretudo nos níveis mais adiantados, o lugar de estudo deve ser tranquilo. Não importa que seja pequeno, desde que reúna as condições básicas. Em primeiro lugar, deve ser sempre no mesmo local e ter uma porta que permita ao estudante isolar-se da atividade e do barulho do resto da casa. Deve estudar sentado numa cadeira diante de uma secretária: nunca deitado num sofá ou em cima da cama... Sempre que possível, deve estudar com luz natural. Caso contrário deve optar-se por um candeeiro articulado que ilumine a zona de estudo e outro, geral, para evitar as sombras. A luz deve ser projetada do lado contrário ao lado em que se escreve. Uma temperatura média é a mais adequada: o frio e o calor excessivo dificultam a concentração. Devem evitar-se os ruídos: rádio, televisão, telefone... são elementos que interferem com a atenção; o melhor é prescindir deles durante o período de estudo. Se for impossível encontrar em casa o local adequado, pode sempre recorrer à biblioteca. Avaliar cada filho no seu conjunto Pressioná-los para que estudem, não lhes dar outros argumentos, nem fazer mais nada por eles a não ser fazer-lhes sermões não contribui em nada para que o seu rendimento melhore. Os nossos filhos são muito mais do que estudo e, por isso, é fundamental desenvolver outras áreas da sua vida e apoiar todos os seus hobbies e valores. O professor pode ajudar-nos a... - Conhecer os nossos filhos. É possível que em casa o seu filho seja de uma maneira e na escola mostre uma faceta que desconhece. - Estabelecer um esquema. Quando surgem dificuldades, é bom saber qual a metodologia para supervisionar o trabalho dos mais pequenos e ajudar os mais velhos a organizarem-se. - Colaborar. O trabalho da escola deve ser reforçado em casa e vice-versa. Se estivermos em sintonia será mais fácil. - Resolver dificuldades concretas. O professor é um profissional que está informado sobre os recursos disponíveis. Por isso, é bom que conheça os problemas que temos para nos ajudar a encontrar soluções. Como reagir perante uma negativa Tudo vai bem até que algo começa a correr mal. Mas se estivermos atentos à evolução dos nossos filhos talvez nos seja mais fácil detetar as dificuldades antes de surgirem. Lembre-se de que os insultos não ajudam ninguém e que, provavelmente, para o seu filho também não é agradável ter más notas. A última coisa que ele precisa é que lhe diga que é um inútil ou que o responsabilize pelo dinheiro que gasta com a sua educação. A importância da leitura A leitura é um hábito fundamental para obter bons resultados académicos. Diversas investigações demonstraram que se o facto de ler regularmente é determinante na obtenção de melhores notas no porque: - Aumenta o nível de compreensão. - Melhora o vocabulário e a capacidade de expressão. - Permite ter um melhor conhecimento das coisas e adquirir diferentes pontos de vista. Ler não costuma ser uma das tarefas preferidas pelas crianças. Para conseguir que os nossos filhos se interessem pela leitura desde pequenos, é importante que demonstremos também interesse por esta prática e dediquemos algum tempo a ler com eles, sobretudo quando são pequenos. Bons hábitos O ano letivo a começar a sério... 5º ano, escola nova, maior, muitos professores, muitos livros, muitos cadernos (ou um único dossier, enorme!). Para a criança ter sucesso no final do ano, vamos organizar tudo desde a primeira aula. Os cadernos diários, porque são diários,devem ser diariamente conferidos: as lições estão numeradas? Datadas? Os sumários das aulas estão escritos e sem erros ortográficos? O aspeto geral do caderno é agradável e organizado? Há trabalhos para casa? O "TPC", com "conta, peso e medida" é o melhor instrumento para professores e alunos reforçarem e aprofundarem o que foi estudado na sala de aula e para fazerem o " elo de ligação" com a aula seguinte. Não há "TPC"? É então ocasião de pegar no livro da disciplina, nele ler as páginas correspondentes à matéria referida no sumário e escrever uma ou duas frases sobre o assunto, frases muito simples que inicialmente até podem ser cópia do livro. Estes hábitos diários, com horários e estratégias "negociadas" com as crianças para que tenham também os seus tempos de descanso e de divertimento, associados à sua presença e ao seu diálogo com o/a diretor de turma, tão frequentes quanto possível, serão uma ajuda preciosa para uma aprendizagem com sucesso. |