A utilidade destes pequenos aparelhos é indiscutível, sobretudo em situações especiais. No entanto, cabe-lhe a si decidir se o seu filho está preparado para o usar Cada vez mais pequenos, leves e coloridos, não deixaram as crianças indiferentes e, por isso, é provável que o seu filho, agora com 10 anos, também já lhe tenha pedido um telemóvel. E por que não, se assim se justificar? É verdade que a nossa infância sobreviveu sem eles, mas também faz todo o sentido explorar as possibilidades que as novas tecnologias põem ao nosso dispor, sempre que verdadeiramente nos convier. É uma questão de analisar e refletir sobre as suas vantagens e desvantagens, e decidir segundo esse critério. Tudo na vida tem o seu lado bom e menos bom, não seria o telemóvel a exceção. É indiscutível a sua utilidade mesmo para uma criança, sobretudo em situações inesperadas como, por exemplo, ficar sem dinheiro para regressar da escola, perder a chave de casa ou ficar presa no elevador, já que lhe permite imediatamente pedir ajuda aos pais ou outro familiar. Tem os seus contras, é claro: para além da questão económica (preço das chamadas, das MMS...), também se fala muito no efeito das radiações emitidas pelo pequeno aparelho na saúde dos seus utilizadores. O assunto continua em estudo, mas parece existir alguma unanimidade (e alguma controvérsia também) entre a comunidade científica de que o uso continuado (e exagerado) possa de facto ser prejudicial. Por isso, aconselha-se prudência na sua utilização. Se no entanto decidir que deve proporcionar ao seu filho este meio “aliciante” de comunicar com os outros, estabeleça logo algumas regras, como por exemplo responsabilizá-lo pela boa manutenção e utilização do aparelho, dando-lhe, para isso, algumas dicas úteis. Obviamente, há que evitar comprar um modelo topo de gama e aconselha-se o sistema de pré-pagamento com cartão, na medida em que permite o controlo de custos. No que respeita aos carregamentos, seria interessante, se não mesmo pedagógico, que estes fossem suportados pelo jovem, com a sua própria mesada. Finalmente, deve dar-lhe algumas orientações sobre quando e em que circunstâncias deve ou não ter o telefone ligado (jamais nos lugares públicos como cinemas, museus, salas de aula, bibliotecas, ainda que não exista nenhum aviso expresso nesse sentido) e quantas chamadas (à exceção das eventualmente urgentes) pode efetuar diariamente. Para evitar excessos da parte dele e surpresas desagradáveis para si, informe-se previamente sobre as ofertas das várias operadoras para o mercado júnior, por exemplo, aquelas onde você mesmo pode definir um conjunto de números para os quais ele pode efetuar ligações. Dê ainda preferência a pacotes que incluam SMS gratuitas, pois este é um dos modos de comunicação preferidos dos mais jovens. Texto: Inês Mendes
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